Não há dúvidas de que a inteligência artificial chegou para ficar no mundo e automatizar várias tarefas. Ainda assim, alguns dilemas éticos e de segurança perturbam empresários

Os últimos anos estão sendo marcados por várias transformações tecnológicas. Desde a criação de um mundo virtual (metaverso) até recentemente o lançamento do ChatGPT (isso sem contar as várias outras descobertas que não tiveram tanto alcance popular e na mídia), fica claro que o futuro está mais perto do que nunca. 

Se por um lado a democratização da inteligência artificial é benéfica, por outro deixa dúvidas quanto à segurança da informação. No final de março, a OpenAI, empresa fundadora do ChatGPT, confirmou o vazamento de dados sensíveis de pelo menos 1,2% dos usuários que utilizaram a versão premium do chatbot – o ChatGPT Plus. 

A plataforma ficou offline durante vários dias para tentar resolver o bug, mas mesmo assim, não foi possível reverter totalmente a situação. Entre as informações vazadas estavam nomes, documentos, endereço de pagamento e até os quatro últimos dígitos dos cartões de crédito, de acordo com a empresa. 

O evento pegou muita gente de surpresa, afinal, não são só pessoas físicas que estão consultando o chatbot por diversão. Muitas empresas estavam adotando a inteligência artificial para várias finalidades. 

Não demorou para que algumas empresas e até governos se manifestassem contrário e chegassem até mesmo a proibir a IA, como foi o caso da Itália que também iniciou uma investigação contra a OpenAI por questões de privacidade. 

Amazon, Citigroup, Deutsche Bank, Wells Fargo, JP Morgan, Bank of America e Goldman Sachs também têm duras críticas à IA, mas afinal, é possível viver com essa tecnologia e garantir segurança na empresa?

Inteligência Artificial pode virar o jogo 

Apesar dos problemas apresentados, existe uma grande expectativa que a IA seja capaz de aprimorar suas tecnologias e ajudar na segurança da informação. 

De acordo com um relatório da Acumen Research and Consulting, o mercado global de inteligência artificial deve chegar a quase US$ 134 bilhões até 2030. 

A maior parte dos problemas de segurança que as empresas enfrentam hoje acontecem por falha humana. A expectativa é que a inteligência artificial seja capaz de evoluir até um nível de identificar vulnerabilidades e saná-las antes que cibercriminosos sejam capazes de descobri-las.

Em um mundo cada vez mais conectado, contar com inteligência artificial poderá contribuir também na análise e manipulação de big data. Hoje, o volume de dados gerados em uma empresa é enorme, mas poucos conseguem aproveitá-los verdadeiramente. 

A ideia é que com o avanço de tecnologias como o ChatGPT, a segurança cibernética se torne mais ágil e intuitiva para descobrir padrões que podem ser repetidos por criminosos.

Cuidados atuais

Ainda que a chegada da IA venha acompanhada de muito burburinho, ela poderá ser uma ferramenta poderosa no futuro para as empresas, tanto para conseguir ganho em produtividade como também mais segurança. 

Até lá, alguns cuidados podem ser tomados agora no presente para não correr riscos, como:

• Não divulgar informações pessoais ou documentos para IA;

• Não passar dados de cartão de crédito ou senhas do banco;

• Evite mandar dados confidenciais ou códigos fechados da sua empresa.

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